A IMPRESSIONANTE SETE QUEDAS DE GUAÍRA NO PARANÁ

UM TESOURO NATURAL PERDIDO QUE POUCOS VÃO LEMBRAR!!

Guaíra, no Paraná, era conhecida como a terra das Sete Quedas, as maiores cachoeiras do mundo em volume de água, localizadas no Rio Paraná.

As Sete Quedas eram um conjunto de dezenove saltos agrupados em sete blocos, com um volume de água que chegava a 13,3 mil metros cúbicos por segundo, o dobro do volume das Cataratas do Niágara e treze vezes mais que as Victoria Falls, na Zâmbia.

O som das quedas podia ser ouvido a 30 km de distância, e a experiência da visitação era única, pois era possível caminhar sobre as quedas por pontes pênseis suspensas acima delas, algo inédito até hoje.

Porém, em 1982, as Sete Quedas desapareceram ao serem submersas pelo lago artificial formado pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, construída em um acordo firmado pela Ata do Iguaçu em 1966.

A inundação durou 14 dias, finalizando em 27 de outubro de 1982, quando as águas cobriram completamente as cachoeiras, transformando Guaíra de uma cidade turística em um local com forte impacto ambiental, econômico e cultural.

Hoje, Guaíra tem cerca de 32 mil habitantes e abriga parte da história e da paisagem submersa do Rio Paraná, oferecendo passeios turísticos no rio.

A memória das Sete Quedas permanece viva na cidade, com museus, nomes de espaços públicos e eventos que recordam o antigo marco natural que foi um dos maiores espetáculos da natureza do planeta.

O Salto de Sete Quedas foi a maior cachoeira do mundo em volume de água, até o seu desaparecimento com a formação do lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

A região era um local estratégico para o controle do território.

Conta a história que no momento da invasão europeia um poderoso cacique chamado Canindeyú controlava a passagem de homens e mantimentos pelas trilhas que contornavam os saltos. 

Entre os episódios mais marcantes que se desenrolaram neste cenário, podemos citar a marcha indígena do século XVII, em fuga aos ataques dos sanguinários bandeirantes; ou, então, o martírio da falida Cidade Real do Guairá, abandonada à própria sorte pela coroa espanhola.

Mas o episódio de maior relevo, no entanto, teve início em 13 de outubro de 1982, com o represamento do Rio Paraná.

Durante 14 dias, o Paranazão bravamente lutou para recuperar sua liberdade, usurpada por uma barreira de 196 metros de altura e oito quilômetros de extensão.

Em 26 de outubro de 1982, as águas do lago chegavam aos saltos.

No dia seguinte, às dez horas da manhã, o último centímetro de rocha era coberto pelo charco barrento, vermelho.

Foto: Internauta.