Movimentos de direita estão convocando pelas redes sociais uma greve geral em todo o país para a próxima segunda-feira (7). O comunicado divulgado por diversos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) pede para que empresários fechem suas "empresas, fábricas e comércios". O grupo diz que o protesto é "contra a instalação do comunismo" no país.
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Desde o início da semana, diversos grupos protestam contra o resultado das eleições e pedem intervenção militar.
Para esta segunda-feira, os atos previstos estão sendo organizados pelo Movimento Nacional de Resistência Civil (MNRC). O site do movimento foi registrado em nome do empresário e do presidente do Instituto Federalista, Thomas Raymund Korontai. Na página oficial do grupo, constam diversos movimentos de direita que fazem parte da organização, entre eles, o Movimento Direita Minas.
A reportagem de O Tempo procurou representantes do grupo no Estado, mas não obteve retorno. Segundo o MNRC, o movimento é composto por "lideranças de movimentos civis e juristas". "O Movimento Nacional de Resistência Civil é de todos os brasileiros que decidiram dar um basta nas ilegalidades, fraudes e negociatas que beneficiam criminosos", diz um trecho do grupo publicado no site oficial.
Em Minas Gerais, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) não se manifestaram sobre os protestos. Já a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) informou que não iria se pronunciar sobre o assunto.
Em São Paulo, algumas empresas já estão se mobilizando para apoiar o movimento. É o caso do grupo "MiuKids". Em suas redes sociais, a empresa, especializada em produtos infantis, informou que irá liberar, a partir desta sexta-feira (4), por tempo indeterminado, todos os funcionários que quiserem participar de "movimentos patriotas".
Segundo a gerente Thabata Reckziegel, o posicionamento do grupo "não diz respeito somente sobre os resultados das eleições", mas sim "sobre o restabelecimento da ordem, referente às injustiças da qual foi o processo eleitoral". "Não estamos contestando as eleições somente, mas sim as violações constitucionais que ocorreram e estão ocorrendo", afirmou Thabata, que não quis informar quantos funcionários a empresa possui.
Fundada pelo chinês Jorge Zhao, o grupo foi alvo de críticas, mas também de apoio nas redes sociais. "Restabelecimento da ordem? A única desordem nesse momento são o impedimento da liberdade das pessoas, de irem e virem. Aprendam a perder. Um absurdo fomentar essas manifestações", contestou uma internauta. "Adorei a coragem de postar. Não podemos nos calar", disse outra seguidora.
Fonte: AconteceuEmToledo
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