O caso começou a ser investigado após a morte de mãe e filho depois de um café da manhã. Participação de doceria foi totalmente descartada, segundo a polícia.
A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (20) Amanda Partata por suspeita de matar o ex-sogro Leonardo Pereira Alves e a mãe dele, Luzia Alves, envenenados, em Goiânia. Inicialmente, investigou-se a possibilidade de mãe e filho terem tido complicações por uma intoxicação alimentar causada por um bolo de uma doceria da capital, mas essa versão foi totalmente descartada.
O caso começou a ser investigado na segunda-feira (18), após a morte de Leonardo. Em um boletim de ocorrência, a esposa dele afirma que a nora comprou o doce. Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram do produto durante a manhã de domingo (17).
Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram e morreram.
Segundo o boletim, Luzia chegou a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva, mas o quadro clínico já estava bastante agravado.
A nora, também conforme o relato, comeu a sobremesa em menor quantidade. Ela estava indo para Itumbiara, quando também começou a sentir os sintomas e retornou à capital.
Até então, a família acreditava que o doce havia causado as mortes por estar contaminado e, por isso, exigiu a investigação. A polícia e outros órgãos de fiscalização, como o Procon Goiás, visitaram as unidades da empresa Perdomo Doces para averiguar os produtos, em busca de irregularidades e evidências da contaminação.
Ainda na segunda-feira (18), o Procon Goiás publicou uma nota dizendo: “Os agentes verificaram informações contidas nas embalagens, datas de fabricação e validade, acomodação e refrigeração dos doces e, nesta ocasião, não foi constatada nenhuma irregularidade nos produtos fiscalizados. As informações e documentação foram repassadas para a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, que segue com as apurações”.
Em nota fixa nas redes sociais, a Perdomo Doces se solidarizou com a família das vítimas e disse que está colaborando com as investigações, “para permitir que essa família saiba a causa exata dos óbitos de seus entes queridos”.
Enfatizou que o acesso irrestrito a todas as lojas foi disponibilizado aos órgãos fiscalizadores e que somente neste ano, 346 mil unidades dos produtos da mesma categoria averiguada foram comercializadas e nenhuma ocorrência similar foi registrada
Por fim, a Perdomo Doces pediu aos clientes que não compartilhassem informações falsas até a conclusão das investigações.
G1