Motorista que percorreu mais de 140 km e bateu em 18 veículos no Paraná pede perdão e diz que uso de drogas é 'doença crônica no mundo do caminhoneiro'




Nilson Pedro dos Santos foi autuado por homicídio tentado, dirigir sob efeito de substância entorpecente, direção perigosa e omissão de socorro. PRF afirma que esforço não foi suficiente e que veículo de carga é difícil de ser parado.

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O caminhoneiro Nilson Pedro dos Santos, 35 anos, pediu, nesta segunda-feira (16), perdão às famílias envolvidas no acidente que provocou, após percorrer 140 km e causar seis batidas na estrada que liga Ponta Grossa a Curitiba e bater sequencialmente em 18 veículos - seis na BR-277 e 12 na capital do estado.

Ele ainda mencionou o uso de drogas durante o trabalho. "Eles não sabem que isso é uma doença crônica que existe no mundo do caminhoneiro", disse.
A sequência de acidentes ocorreu no sábado (14); três pessoas ficaram feridas. O caminhoneiro assumiu para a polícia que fez uso de rebite (droga sintética) e que estava há três dias sem dormir.

Nilson foi autuado por homicídio tentado, dirigir sob efeito de substância entorpecente, direção perigosa e omissão de socorro, conforme a delegada da Polícia Civil Vanessa Alice.

Os crimes não dão direito à fiança por conta da somatória das penas.

Nilson está preso e passará por audiência de custódia nesta segunda-feira. A Polícia Civil ainda ouvirá mais testemunhas e espera por laudos técnicos para continuar a investigação.

PRF diz que tentou localizar o caminhão
Fabiano Moreno, porta-voz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), afirmou nesta segunda-feira que as equipes tentaram localizar o caminhão na rodovia, antes de chegar a Curitiba, mas não conseguiram.
"No trecho, nós tínhamos duas viaturas no momento. Todo o esforço foi empenhado. Foi suficiente? Não. Os fatos mostram que não foi suficiente. Então, todos os procedimentos, como estes, serão reavaliados".

Moreno disse ainda que a situação é rara.

"Nós tivemos aí um caminhoneiro, totalmente, alcoolizado. Tinha bebido duas cerveja, estava com sensação de perseguição. Ele disse à Polícia Civil que tinha usado drogas, não sabia de rebite ou cocaína e um veículo de carga, que é muito difícil de ser parado", complementou o agente.
O advogado de defesa de Nilson, Niki Petterson, afirmou que o homem usou drogas para conseguir terminar viagem pois estava acordado há muitas horas. Frisou, ainda, que ele não teve intenção de machucar ninguém.

Fonte: G1 



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